O Reino Espiritual Na Bíblia

O REINO ESPIRITUAL, relacionado ao reino universal de Deus, é composto pelos eleitos de todas as eras que experimentaram novo nascimento pelo poder do Espírito Santo. Não se pode entrar nesse reino senão por tal nascimento. Ele é mencionado em:

Mateus 6.33: Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Mateus 19.16,23,24: E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna? (...) Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus. (...) E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.

João 3.3-5: Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.

Atos 8.12: Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.

Atos 14.22: Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus.

Atos 19.8: E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, disputando e persuadindo-os acerca do reino de Deus.

Atos 20.25: E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto.

Atos 28.23: E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o reino de Deus, e procurava persuadi-los à fé em Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde a manhã até à tarde.

Romanos 14.17: Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.

1ª Coríntios 4.20: Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.

1ª Coríntios 6.9,10: Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.

1ª Coríntios 15.50: E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.

Gálatas 5.21: Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.

Efésios 5.5: Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.

Colossenses 4.11: E Jesus, chamado Justo; os quais são da circuncisão; são estes unicamente os meus cooperadores no reino de Deus; e para mim têm sido consolação.

1ª Tessalonicenses 2.12: Para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.

2ª Tessalonicenses 1.5: Prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis;




Referência bibliográfica: Manual de Escatologia – J. Dwight Pentecost, pág. 169

Julio Celestino
Vitória - Espírito Santo

A Triste Alegria de Pecar


 
“Nada é errado se te faz feliz”

          Algumas páginas da internet atribuem a autoria dessa frase ao ilustre Bob Marley, que no passado protagonizou uma carreira artística de enorme sucesso. Fato é que a alegria proveniente do pecado realmente existe, e é prazerosa para a carne; porém, seu resultado desastroso é tão certo quanto aquela ressaca que desperta com você pela manhã dizendo: “é hora de trabalhar.”

    Nas festas de réveillon do Estado do Espírito Santo, por exemplo, é comum ver jovens e adultos reunidos com amigos, festejando e se embriagando pelas ruas ou em eventos particulares. Os momentos — eu sei — são alegres e prazerosos, porque as obras da carne seguem a todo vapor nesses ambientes.


E o apóstolo Paulo descreve claramente algumas delas em Gálatas 5.19ss:


Prostituição

Ato ou efeito de prostituir-se; entregar-se à devassidão; desmoralizar; corromper. [1]


A prostituição se tornou uma cultura dominante não apenas no Espírito Santo, mas em todo o Brasil. O famoso “ficar” — relações sexuais sem qualquer compromisso conjugal — é incentivado pelas músicas de Funk, Axé, Pagode, Sertanejo e outros ritmos populares que tocam no rádio para crianças, jovens e adultos.

    Com a tecnologia, tudo isso avançou ainda mais: aplicativos de relacionamentos funcionam como verdadeiros “menus” de homens e mulheres. Basta escolher, conversar, encontrar, relacionar-se… e repetir o ciclo no dia seguinte. O velho paradigma da pessoa sexualmente devassa se tornou obsoleto. A liberdade sexual promovida pela mídia transformou o sexo sem compromisso em uma via de fácil acesso para todos.


Impureza


Qualidade do que é impuro; o que perturba a pureza; corrupção sexual. [2]


Hoje, dizer que o ato sexual é reservado para marido e mulher é motivo de piada em uma mesa de bar. E afirmar que o sexo foi criado para o prazer mútuo entre homem e mulher, exclusivamente dentro do casamento, pode até ser considerado um “crime” (homofobia) na visão distorcida da pós-modernidade.


    Casas de swing expõem a impureza conjugal às claras, com casais trocando parceiros como quem troca figurinhas.


    Além disso, a crescente pluralidade de identidades sexuais — Crossdresser, Drag Queen, Drag King, Pansexual, Transexual e tantas outras — reforça meticulosamente o sentido bíblico de impureza: alterar aquilo que Deus estabeleceu. Na sociedade atual, tudo isso é chamado de normal. Tudo é relativo.


Lascívia


Conduta vergonhosa, sensualidade, libertinagem, luxúria (Mc 7.22; Gl 5.19). [3]


Assim como as obras citadas acima, a lascívia governa a nossa sociedade. Basta sair às ruas: o apelo sensual é gritante. Milhões de mulheres — de todas as idades — usam shorts, saias e vestidos curtíssimos, decotes profundos e todo tipo de vestimenta que exalta a sensualidade.


As justificativas são conhecidas:


“Uso porque me sinto bem.”
“Uso porque é confortável.”


Mas sabemos que, na maioria das vezes, essa não é a real motivação.


    Nas redes sociais, a sensualidade recebeu palco e iluminação. Buscando elogios, prestígio e status, muitas mulheres expõem seus corpos para acumular curtidas e visualizações. Talvez isso fosse apenas um problema moral, se não fosse o fato de muitas dessas mulheres serem menores de idade. Pense nisso.



O PECADO DÁ PRAZER E NÃO DÓI NA HORA


A história de Davi em 2 Samuel 11 exemplifica isso perfeitamente.


    Num dia em que deveria estar em guerra, Davi ficou em casa. Do alto do palácio viu Bate-Seba tomando banho. Mesmo sabendo que ela era esposa de Urias — seu servo leal — Davi enviou mensageiros, trouxe a mulher e adulterou com ela. Ele a engravidou. E, para encobrir o adultério, planejou a morte de Urias.


    Enquanto estavam juntos na cama, a alegria temporária estava presente. O prazer carnal foi intenso. Mas as consequências foram devastadoras:



1. VERGONHA — DEUS REVELA O PECADO


    Não há nada pior para um pecador do que ter seu pecado oculto exposto à luz. A vergonha pública é dolorosa. Deus não permite que pecados ocultos permaneçam escondidos para sempre.


    Davi também experimentou vergonha quando soube que seu filho Absalão se deitava com suas mulheres, diante de todo o povo (2Sm 16.21-22).



2. DESORDEM FAMILIAR — UM ABISMO CHAMA OUTRO ABISMO


A família de Davi mergulhou em tribulações:


  • seu filho com Bate-Seba morreu (2Sm 12.15-23);

  • Amnon violentou sua irmã Tamar (2Sm 13.1-14);

  • Absalão matou Amnon para vingar Tamar (2Sm 13.23-29).


Como bem disse o comentarista:


“Quando não vivemos uma vida digna do Deus a quem servimos, a primeira atingida é a nossa família… Seremos para nossos filhos exemplos para o bem ou para o mal.” [4]



 

AS CONSEQUÊNCIAS ATUAIS DO PRAZER PECAMINOSO


Uma pessoa não guiada pelo Espírito Santo é facilmente arrastada pelas obras da carne. O fruto disso é:


  • 1 - Casamentos desfeitos

  • 2- Famílias destruídas

  • 3 - Adultério

  • 4 - Suicídio

  • 5 - Depressão

  • 6 - Gravidez indesejada

  • 7 - Homicídios

  • 8 - Doenças sexualmente transmissíveis

  • 9 - Traumas emocionais

  • 10 - Morte espiritual



Toda alegria do pecado termina em dor, vergonha e destruição. 


    Por isso clamo a Deus por um avivamento pessoal no Espírito Santo — começando por mim. Se eu realmente tivesse o “livre-arbítrio” que muitos defendem, eu escolheria jamais pecar. E encorajaria meus entes queridos a serem “espertos” como eu. Mas toda honra e glória pertencem ao Senhor.

    Que sejamos lavados no sangue de Jesus, perdoados de nossas iniquidades e preservados do dia da ira. Que busquemos ao Senhor enquanto se pode achar, e o invoquemos enquanto está perto, pois na sepultura não há esperança para os condenados.



UMA ANTIGA CANÇÃO QUE AINDA DESCREVE A REALIDADE



“Eu comparo a vida do homem sem Deus,
Como uma folha seca caída no chão.


Que vai para onde o vento levar,
Tudo é tristeza, tudo é solidão


Seu viver é triste, tão cheio de dor,
Seus dias turbados, sem consolação


Assim é a vida do homem sem Deus,
É uma folha seca caída no chão.”


— Jair Pires



    A folha seca é levada pelo vento sem direção nem destino. Mas o crente em Cristo tem um alvo. E é para Ele que devemos caminhar — só assim encontraremos a plena, verdadeira e desejada felicidade.


“Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” — Filipenses 3.14






Referências bibliográficas:

[1] Novo Dicionário Eletrônico Aurélio v5.0 para Windows.
[2] Dicionário e Estudos Bíblico org. Claudemir Pedroso da Silva, Editora PAE.
[3] Ibid.
[4] http://www.ibvir.com.br/sermoes/davi_consequencias_do_pecado_de.htm

Palavras também matam - Mateus 5.22

foto de Jcomp


JESUS E O ASSASSÍNIO
AQUELE QUE LHE DISSER: TOLO, SERÁ RÉU DO FOGO DO INFERNO

MATEUS 5.22

Dia 20/02/2017, estudávamos o livro dos Provérbios; e o tema central da apresentação era o provérbio 1.7 que reza a seguinte afirmação: “O temor do SENHOR é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução. Uma aparente contradição, quando lemos a afirmação de Jesus em Mateus 5.22 que diz: “...E aquele que lhe disser: Tolo, será réu do fogo do inferno”. Então eis a dúvida: se uma pessoa chamar alguém de tolo, insensato ou louco ela perderá a salvação?

Não é somente no evangelho de Mateus 5.22 que esta linguagem é usada, mas também em várias outras passagens do Novo Testamento, por exemplo:

(obs: foram usados apenas os exemplos da palavra grega usada em Mt 5.22 para “tolo”, a saber, “moros” ou “moré”.)

Mateus 7.26: E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;

Mateus 23.17: Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro?

Mateus 25.2: E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.

1ª Coríntios 1.27: Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;

2ª Timóteo 2.23: E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas.

Tito 3.9: Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs.


Assassínio - A mensagem de Mateus 5.21-22

Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.

Nesta passagem Jesus está ensinando uma importante lição acerca do sexto mandamento (não matarás). Ele disse “ouviste” porque a maioria das pessoas que estavam presentes ali no que é chamado de Sermão do Monte não sabiam ler, e ainda que alguns soubessem, as escrituras não eram acessíveis para o povo comum. Portanto, o povo conhecia as Escrituras de ouvido, devido à leitura feita nas sinagogas nos dias de sábado e à exposição feita pelos escribas.

Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.

“Raca” é uma palavra de desdém, que se origina no orgulho. “Zombador é o teu nome”, é como Salomão chama aqueles que tratam com indignação e soberba (Pv 21.24), que desdenham do irmão para equipara-lo ais cães que possuem.

“Louco” (aqui, moré do gr. μωρέ) é uma palavra de rancor, que nasce do ódio; considerando a pessoa não somente comum e indigna de ser honrada, mas como uma pessoa odiosa e indigna de ser amada; “Tu, homem iníquo, réprobo”.

Concordo com Metthew Henry quando ele afirma que Jesus lhes diz que o uso de uma linguagem ultrajante com nosso irmão é o assassinato pela língua (chama-lo de Raca, e chama-lo de louco). Quando isto é feito com moderação e com uma boa finalidade, para convencer os outros da sua vaidade e das suas tolices, não é pecaminoso. Assim, Tiago diz: “Ó homem vão” (Tg 2.20), e Paulo diz: “Insensato” (1Co 15.36), e o próprio Cristo diz: “Ó néscios e tardos de coração” (Lc 24.25). Mas quando isto nasce da maldade e da ira interior; é a fumaça daquele fogo que arde no inferno, e se enquadra na mesma característica.

Em suma, para Jesus a atitude de ira contra um irmão é crime sério; tão sério que merece o mesmo castigo imposto ao assassínio, pois as palavras amargas são como flechas que matam repentinamente (Sl 64.3). Aquele que se encolerizar com seu irmão está correndo o risco do juízo de Deus; aquele que o chama de Raca estará nas mãos do conselho, passível de ser punido pelo Sinédrio por insultar um israelita; mas aquele que disser: “Louco, pessoa profana, filho do inferno”, estará em perigo do fogo do inferno, para o qual ele condena o seu irmão. Portanto, em caso de ira contra o irmão, procure sempre uma reconciliação, pois o amor e a caridade é o ápice da vida do homem e da mulher que está em Cristo. Jesus finaliza dizendo:

Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.

Mateus 5.23-24.





Julio Celestino
Vitória - Espírito Santo

Referências bibliográficas:

Bíblia João Ferreira de Almeida Fiel
Dicionário Strong
Comentário Bíblico Matthew Henry CPAD vol.1 págs. 52,53 – Matthew Henry
O Novo Testamento Interpretado vol.1 págs. 310,311 – Russel N. Champlim




23/02/2017

O que acontece depois da morte?


            Decidi pôr este diagrama em pauta devido a um problema que vem crescendo entre ouvintes pentecostais e reformados de Vitória/ES que passaram a acompanhar a rádio Novo Tempo (suspeito que por falta de opção). A emissora, como se sabe, é um órgão da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Todos os dias, nesse meio de comunicação, é ensinado que nós somos uma alma e que, quando alguém morre, simplesmente “dorme”, entrando em um estado de inconsciência semelhante ao estado anterior ao próprio nascimento.

    Segundo essa doutrina, a pessoa que dorme só despertará quando Jesus voltar. Depois disso, os salvos viverão eternamente, enquanto os condenados sofrerão por um determinado período de tempo (?) e, em seguida, deixarão de existir — desta vez, de forma definitiva e eterna.


    Concordo com R. C. Sproul quando ele afirma que o sono da alma representa um afastamento do cristianismo ortodoxo. Ele observa, entretanto, que essa visão ainda permanece como uma minoria firmemente entrincheirada dentro do meio cristão. A visão tradicional da igreja é conhecida como estado intermediário. Este ponto de vista ensina que, na morte, a alma do crente vai imediatamente para a presença de Cristo e experimenta uma existência pessoal, contínua e consciente, enquanto aguarda a ressurreição final do corpo. [1]


Esse estado intermediário é um ensinamento bíblico, ortodoxo e fiel — sustentado pelos mais antigos pais da igreja e confirmado pelos reformadores do século XVI.




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